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terça-feira, 19 de julho de 2011

Responsabilidade Social: Atitude ou Compromisso?

 

Atualmente o termo “Responsabilidade Social” vem se apresentando cada vez mais no comportamento dos mais diversos segmentos da sociedade, sejam organizações, empresas, projetos sociais e cidadãos. Tal termo tem provocado grandes impactos nos objetivos, na visão, nas estratégias de marketing e até mesmo no próprio significado da organização, da empresa e do projeto social quando aplicada corretamente. Em se tratando de cidadãos, uma atitude pode valer mais que mil palavras.

Em virtude disso, a “Responsabilidade Social” é, em alguns momentos, confundida com Filantropia. E neste sentido, o que é Responsabilidade Social? Pode-se dizer que é um termo que procura sempre dar uma ideia de resposta social, ou seja, de justificar a sua própria atuação perante outrem – socialmente falando. Economicamente, todas as organizações, empresas, projetos sociais e cidadãos possuem uma única finalidade, até mesmo, por questão de sobrevivência: gerar lucros. E assim, “Responsabilidade Social” é entendida como uma obrigação de prestar contas dos seus bens/lucros recebidos perante a sociedade. Contudo, tal perspectiva não vem se aplicando no mundo em que vivemos.

Estudos mostram que nada, nem ninguém, não podem se resumir, exclusivamente, ao capital/lucro, que sem os recursos naturais (matéria-prima) e as pessoas (conhecimento e mão de obra), não é capaz de gerar riqueza/lucro/bens, que, consequentemente, não satisfaz às necessidades humanas, não proporciona o progresso da organização e o pior, não melhora a qualidade de vida de todos os envolvidos, quer seja nas empresas, quer seja como cidadão.

Por isso, queremos afirmar que todos estão, obrigatoriamente, inseridos em uma sociedade. Para Oded Grajew presidente do Instituto Ethos, uma das principais instituições responsáveis pela difusão do conceito de “Responsabilidade Social” na sociedade brasileira, define este conceito como sendo uma atitude ética que envolve fornecedores, acionistas, funcionários, clientes, governo e concorrentes (2001).

Pensando assim, a questão de “Responsabilidade Social” vai além da postura legal das organizações, empresas, projetos sociais e dos cidadãos, de uma prática da filantropia ou do simples apoio às comunidades circunvizinhas, é uma mudança de atitude dos gestores, com um foco especial na qualidade das relações interpessoais e na produção de valores através das discussões nas reuniões nas organizações, empresas, projetos sociais e cidadãos.

Embora alguns autores, empresários ou até mesmo personagens da sociedade acreditarem e defenderem que a ”Responsabilidade Social” limita-se ao pagamento dos impostos e ao cumprimento das leis aos quais são submetidos crescem os argumentos de que o papel social não pode ficar restrito a isso. Não queremos tirar o mérito do lucro, até mesmo por uma questão de sobrevivência num mundo capitalista. Mas buscamos um argumento de adotar posturas socialmente éticas e compromissadas com o social, que consequentemente, pode se tornar um indicador de rentabilidade e sustentabilidade a longo prazo para quem as pratica.

Numa visão capitalista, pode-se perceber que ter “Responsabilidade Social” se tornou uma grande oportunidade de visibilidade, ou seja, os consumidores passaram a valorizar as organizações, empresas, projetos sociais e pessoas que possuem este comportamento, ou seja, identificadas como socialmente responsáveis. E, incrivelmente, pode-se notar que todo fornecedor também é um consumidor e assim, quando todos buscam “ajudar a alguém, sem olhar a quem”, com toda certeza, notarão que o lucro/riqueza deixará de ser finalidade e passará a ser consequência, uma espécie moderna de mercado em que todos ganham.

Portanto, vale ressaltar que a “Responsabilidade Social” é um processo mercadológico em ascensão em vários países do mundo, principalmente no Brasil. Por isso, gostaríamos que todos, sem exceção, fizessem o esforço de visualizar e se adaptar a este novo cenário social que se apresenta no mundo moderno, pois aquelas e aqueles que não acompanharem esta nova contemporaneidade do conceito de bem social, infelizmente, sinto informar, terão seus dias e lucros contados.

... A Responsabilidade Social de UM é a garantia do Direito Social de TODOS!

Autor: Sthênio Antunes

(Siga-nos no Twitter @amepmoc)

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