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quinta-feira, 10 de março de 2011

Sobre a Contabilidade Gerencial

 

Pode-se descrever que, a contabilidade é uma ferramenta indispensável para a gestão de negócios. Contadores, administradores e responsáveis pela gestão de empresas devem ser unânimes quanto às informações contábeis, pois estas vão além do simples cálculo de impostos e atendimento de legislações comerciais, previdenciárias e legais. Em síntese, é a utilização dos registros e controles contábeis com o objetivo de gerenciar uma entidade.

A gestão de entidades é um processo complexo e amplo que necessita de uma adequada estrutura de informações - e a contabilidade é a principal delas. Além do mais, o custo de manter uma contabilidade completa (livros diário, razão, inventário, conciliações, etc.) não é justificável para atender somente o fisco. Informações relevantes podem estar sendo desperdiçadas quando a contabilidade é encarada como mera burocracia para atendimento governamental. Objetivamente, o custo médio de uma contabilidade de empresa de pequeno porte (faturamento até R$ 120.000/mês) é acima de R$ 600,00. Numa empresa de médio porte (faturamento até R$ 1.000.000/mês) este custo vai a R$ 3.000,00 ou mais. Tais empresas precisam aproveitar as informações geradas, pois obviamente este será um fator de competitividade com seus concorrentes: a tomada de decisões com base em fatos reais e dentro de uma técnica comprovadamente eficaz – o uso da contabilidade. A contabilidade gerencial não “inventa” os dados, mas lastreiam-se na escrituração regular dos documentos, contas e outros fatos que influenciam o patrimônio empresarial.

Dentre as utilizações da contabilidade para fins gerenciais, destacam-se, entre outros:

1. Projeção do Fluxo de Caixa

2. Análise de Indicadores

3. Cálculo do Ponto de Equilíbrio

4. Determinação de Custos Padrões

5. Planejamento Tributário

6. Elaboração do Orçamento e Controle Orçamentário

Desta forma, pressupõe-se, entre outros, que uma contabilidade para uso gerencial deva ter: 

1.Contas bancárias devidamente “fechadas” com os respectivos extratos, sendo as diferenças demonstradas e que tais diferenças não afetem o resultado pelo regime de competência. Admite-se, tão somente, as típicas “pendências” bancárias, como cheques não compensados e pequenos valores de débitos e créditos a ajustar. Valores expressivos, como débitos de juros e encargos sobre financiamentos devem estar contabilizados.

2.Provisões de Férias e 13º Salário feitas mensalmente, com base em relatórios detalhados do departamento de recursos humanos. A falta de provisão mensal distorce as demonstrações contábeis, pois o regime de competência não é atendido.

3.Depreciações, amortizações e exaustões, contabilizadas com base em controles do patrimônio.

4.Registro dos tributos gerados concomitantemente ao fato gerador, efetuando-se também a Provisão do IRPJ e CSLL, conforme regime a que está sujeito a empresa (lucro real, presumido ou arbitrado).

5.Nas empresas que se dedicam às atividades imobiliárias, optar por contabilizar custos orçados das obras. Outras atividades também exigirão técnicas contábeis específicas, como as cooperativas e as instituições financeiras.

6.Receitas, custos e despesas, reconhecidas pelo regime de competência, como detalhado adiante. 

O reconhecimento das receitas e gastos é um dos aspectos básicos da contabilidade que devem ser conhecidos para poder avaliar adequadamente as informações financeiras. Sob o método de competência, os efeitos financeiros das transações e eventos são reconhecidos nos períodos nos quais ocorrem, independentemente de terem sido recebidos ou pagos. Para todos os efeitos, as Normas Brasileiras de Contabilidade elegem o regime de competência como único parâmetro válido, portanto, de utilização compulsória no meio empresarial.

 

Fonte: Sebrae-MG - 2010

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