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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Um lindo poema de Victor Hugo (DESEJO)

 

Andamos num mundo cercado e abarrotado de tecnicismo e racionalidade em tudo que se faz. O amor precisa ter uma fórmula, a paz precisa de um acordo político, a alegria precisa ser espremida numa pílula e a felicidade precisa de uma razão que nem mesmo a razão sabe onde encontrar. Por isso decidimos hoje, nós da AMEP, darmos um deleite saboroso e imprescindível de sensibilidade aos nossos colaboradores, parceiros, amigos e companheiros dessa caminhada tão árdua que é educar para o bem, o correto, o justo e o belo. Transcrevemos abaixo um lindo poema do autor francês Victor Hugo, a fim de que todos nós possamos por um breve momento refletir e compreender que a vida não é somente números e fórmulas exatas, figuras e coordenadas perfeitas, planilhas e gráficos consistentes, textos e reuniões formais ou dinheiro/trabalho/stress, mas sim, e sobretudo, sentimentos, emoções, prazeres e instantes pequenos – mas eternos - de felicidade. Portanto, leiam e aproveitem a chance para perceberem que o destino não é cruel, mas sim o limite da nossa razão:

Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconsequentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga `Isso é meu`,
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.

__________ /     / __________

A vida é um sopro (Reflexão)

 

Dia desses, acordei cansado. Tudo estava doendo: joelhos, costas, cabeça… Estava em cacos. Detalhe: não tinha bebido, não tinha ido à academia. Não tinha feito, absolutamente, nada de diferente no dia anterior. No meio do dia tive um almoço. Sentei em uma mesa, por sorte, com várias mulheres mais velhas. Conversa vai, conversa vem, a mais animada delas vira para mim e diz: “quase não venho hoje. Há três dias eu estava no baile, dancei tanto que fiquei com o quadril doendo. Tive que ir ao pronto-socorro tomar injeção”. Pasmem, ela tem 84 anos. Ela era animação pura.

Ao lado esquerdo da animada menina de 84 anos, estava uma sorridente moça sentada em uma cadeira de rodas – dessas motorizadas, que como disse um amigo meu, “depois do patinete, é o meio de transporte mais cool que eu já vi”. Ela não parava de sorrir. Era incrível. Me contou que já teve derrame e depressão. Mas estava ali, firme e forte. Tinha mais uma na mesa. Essa falava pouco. Fazia poucos comentários.

Ao fim do almoço, fiz questão de ir dar um beijo em cada uma e agradecer pela injeção de ânimo que me deram. A terceira delas, a mais quieta, me disse algo sensacional ao meu ver. “Temos pouco tempo de vida. Não mais que cinco anos. Precisamos aproveitar cada minuto”. Um tapa na cara. Melhor: uma surra. Eu ainda tenho, pelo menos – se tudo der certo e eu estiver dentro das estatísticas – mais 60 anos de vida. Se eu não aproveitar cada minuto, viverei 60 anos em um vazio profundo. Viverei inutilmente.

Aquilo me bastou. De hoje em diante vou sorrir mais – muito mais do que já sorria. Vou aproveitar cada segundo. Como comentei com elas na mesa, sinto falta de poder aproveitar mais. Estamos fazendo tudo correndo. “Como vai a vida”, um pergunta. “Corrida, como sempre”, o outro responde. É sempre esse o diálogo. Vamos parar com isso? Vamos nos aprofundar mais?! É preciso ir mais a fundo nas relações  e no tempo. Que acabem esses cafezinhos rápidos para colocar o assunto em dia. Vamos tomar café com calma, deixar o tempo correr de verdade. Garanto que a nossa produtividade aumentará muito.

Por: Lucas Rossi Revista S/A

Reconheça seus defeitos, evite exagerar nas qualidades e se garanta nas entrevistas de emprego

 

Para as empresas, o momento serve para que seu perfil pessoal e profissional seja avaliado e comparado aos requisitos da vaga oferecida.
Sinceridade acima de tudo. Na hora de encarar um recrutador (ou uma equipe deles) na entrevista de emprego, não adianta perder horas e horas enumerando qualificações, prêmios e experiências tentando, simplesmente, mostrar que você é demais. Apresentar qualidades é importante, mas é tanto quanto reconhecer os pontos fracos. Esse é, afinal, o momento em que seu perfil pessoal e profissional será avaliado e comparado aos requisitos da vaga oferecida.
"O objetivo da entrevista é permitir que o avaliador possa verificar qual é o melhor candidato para ocupar o cargo que está disponível. Conversar pessoalmente é a melhor maneira de conhecer as pessoas e o candidato tem que demonstrar que seus conhecimentos e habilidades irão contribuir com a empresa", explica Rossana Ercole, headhunter da empresa Global Network Soluções em Carreira.                                 Uma questão que já se tornou frequente nos processos seletivos é sobre os pontos positivos e negativos dos candidatos. "O ideal é ir para a entrevista com tudo na ponta da língua. Separe um tempo em casa para avaliar quais são suas habilidades, suas qualidades e quais são os pontos que precisam ser trabalhados para melhorar e anote tudo em um papel ou em uma agenda. Depois escolha alguns para detalhar durante a conversa", recomenda a headhunter.
As respostas têm que ser verdadeiras e condizer com o seu perfil, não adianta dizer coisas somente para agradar o selecionador, pois as exigências futuras podem revelar o que você omitiu ou mascarou. "Se você é tímido, por exemplo, diga que está trabalhando isso e que a sua timidez não é relevante a ponto de interferir nas relações interpessoais. Além disso, acontece apenas quando você está conhecendo um novo lugar e novas pessoas e que sua integração em um ambiente desconhecido é rápida. Mas nunca cite características positivas como se fossem negativas, pode parecer artificial", ressalta Rossana.                                                                                       A especialista afirma que as características devem ser baseadas no perfil do candidato e na vaga oferecida. "As competências têm que ser relevantes para o cargo. Evite dizer qualidades como pontualidade e responsabilidade, já que isto é o mínimo que uma empresa espera de um funcionário. O principal é falar sobre o que é fundamental na sua área de atuação", observa. Por exemplo, se você trabalha na área de vendas enfatize a sua criatividade, boa comunicação e flexibilidade e cite exemplos vivenciados por você.
Rossana salienta que as respostas devem ser bem elaboradas e objetivas. "Ter equilíbrio é sempre o melhor, então não fale demais e nem deixe de destacar aspectos relevantes. Essa é sua oportunidade de mostrar os seus diferenciais e isto pode ser determinante para que o selecionador escolha você ou não. Na prática nem sempre é tão simples, mas basicamente tudo gira em torno do que a empresa precisa e do que você pode oferecer a ela", finaliza.

Por EAD/SENAR

domingo, 19 de junho de 2011

10 passos para tirar sua ideia do papel

 

Identifique os interessados
Não basta conhecer quem é o seu cliente. Essa é apenas uma das partes. “É preciso fazer um levantamento de todas as pessoas que vão ser impactadas pelo projeto. Se alguma parte envolvida não for listada, o projeto corre o risco de ficar parado”, diz Lucia Mazoni, coordenadora do MBA em Gerenciamento de Projetos da Universidade Estácio de Sá. Isso inclui pesquisar como seu negócio vai ser afetado pelo governo estadual, municipal, concorrentes, órgãos de fomento e a comunidade onde vai estar.

Conheça os requisitos
Já com uma lista de como seu negócio afeta e é afetado por diversas partes, é hora de levantar os requisitos para funcionar. Descreva com detalhes o que cada parte interessada vai exigir. “Já com todas as partes impactadas conhecidas, o empreendedor pode começar a pesquisar que tipo de autorização vai precisar para o negócios”, explica.

Tenha datas de controle
Seguindo o passo a passo, é hora de analisar o que as partes afetadas pediram e o que você pode fazer para atender os requisitos. O mais importante nessa etapa é planejar quanto tempo deve levar para conseguir as autorizações e quanto isso pode custar. “Assuma premissas de coisas que não estão sob o seu controle e estabeleça datas para colocar em prática”, ensina a coordenadora.

Planeje as atividades
É comum que os empreendedores se atrapalhem quando percebem o longo caminho até tirar uma ideia do papel. A dica é detalhar as atividades, definir duração e indicar um responsável por cada uma delas. “Nessa fase, é importante quebrar em pedaços menores cada etapa, assim, fica mais fácil enxergar as estimativas de tempo”, explica. No começo pode parecer um chute, mas com o tempo as estimativas passam a ser mais detalhadas.

Faça um planejamento financeiro
O dinheiro é ponto crucial para colocar um projeto em prática, seja uma nova empresa ou um novo produto. Por isso, detalhar o orçamento e como ele será gasto no tempo ajuda a evitar gastos desnecessários. “Com as datas estabelecidas, é possível olhar o cronograma de cima e definir o orçamento que cada etapa vai precisar”, diz Lucia.

Tenha um plano B
Para cada etapa, o empreendedor precisa listar tudo que pode dar errado e o que faria para solucionar sem ter custos adicionais. “Essa fase é essencial. Analisar o risco e calcular quais etapas vão precisar de mais dinheiro e o que pode dar errado. Você vai para a chuva com guarda-chuva. Se você tiver um plano de contingência, sua taxa de sucesso aumenta”, afirma.

Fique de olho na qualidade
Tanto um novo produto quanto uma empresa inteira precisam entregar o que prometem. O consumidor vai cobrar por qualidade e isso pode até prejudicar a marca. Neste item, defina como será garantida a qualidade do que está sendo oferecido. “Coloque-se no lugar de quem vai receber o produto. Assim, você consegue pensar no cliente como um todo, na experiência que vai proporcionar”, diz.

Marque reuniões
Se você vai ter um sócio ou já tem uma equipe envolvida no projeto, tenha um cronograma de atividades que serão feitas para manter todos informados sobre o passo a passo. “Faça reuniões com sua equipe ou sócios periodicamente. Não deixe que as ocupações do dia a dia atrapalhem isso”, ensina Lucia. Quando estão muito ocupadas, as pessoas se comunicam menos e, é nesse momento, que elas mais precisam se comunicar. Elas podem se ajudar, dar sugestões e acompanhar o projeto mais de perto.

Reserve um tempo para o happy hour
Manter as boas relações com o sócio ou a equipe ajudam a ter um time unido e envolvido no projeto. Se estiver nessa sozinho, reserve um tempo para os amigos e a família. “Até um chope no final do dia é bem vindo se isso contribui para o que time se sinta contribuindo com o andamento do projeto e isso se consolide em mais qualidade de vida”, explica a coordenadora.

Busque ajuda, se precisar
Antes de botar a mão na massa, avalie a necessidade de obter ajuda externa. Pergunte-se se tem todo o conhecimento que o projeto vai precisar. “Verifique se vai precisar terceirizar alguma parte do processo e como isso será feito”, conta.

Fonte: Priscila Zuini

6 dicas para criar uma empresa de sucesso

 

Organize-se
Todos os consultores e especialistas batem nesta tecla. “Planejar é fundamental”, insiste Reinaldo Messias, consultor do Sebrae/SP. Os empresários de sucesso estão quase sempre apoiados em planos e mais planos para que as coisas deem certo. “Tenha um plano de negócios para ser revisto com frequência. Você projeta o futuro e aprende com o passado”, diz o Batista Gigliotti, presidente da consultoria em desenvolvimento de negócios Fran Systems.

Escolha bem os sócios
A empresária Ana Fernandes, da Sorvete Brasil, acredita que a escolha da sócia foi fundamental para a empresa crescer. A troca de ideias, opiniões e sugestões enriquece o dia a dia da companhia e ainda pode render bons negócios. “Muita gente tem restrições em ter sócios. Eu sempre digo que a melhor coisa a fazer é escolher alguém que tenha os mesmos valores e objetivos que você. Um precisa complementar o outro”, opina Gigliotti.

Faça mais com menos
Muita gente culpa a falta de dinheiro pelo fim de um negócio. O verdadeiro culpado é quem não sabe aproveitar os recursos que tem para produzir o máximo que pode. “Tenha uma produtividade adequada para fazer mais com o recurso que tiver”, ensina Messias. Os empreendedores de sucesso costumam começar uma empresa com pouco ou quase nenhum dinheiro.

Assuma riscos
Nenhum negócio está imune a passar por turbulências. Na essência, o empreendedor é quem arrisca. “No início, a aversão ao risco acontece porque o empresário não tem dados concretos e tenta diminuir a possibilidade de surpresas”, diz Gigliotti.

Reconheça sua equipe
“O bom empreendedor não é o que manda, mas o que forma uma equipe”, define Messias. Estar disponível para ouvir parceiros, colaboradores e fornecedores é fundamental para melhorar a operação. Isso exige uma postura mais participativa. Estimular a equipe a participar também faz parte desta atitude. Eles devem estar focados em resultados, objetivos e metas possíveis de serem realizadas. “A equipe deve ter valor e não um preço”, diz Messias.

Tenha foco
Muitas vezes o negócio começa errado porque a pessoa abraça uma ideia da qual não gosta ou que o mercado não está pronto para receber. Para não ter que abandonar o barco, os especialistas sugerem ter um objetivo claro desde o início. “Tenha um propósito e descubra o que o seu negócio representa para você, o cliente e o mercado”, opina Messias. Se mesmo assim o negócio não for para frente, admita que é hora de desistir. “É preciso enxergar a empresa como algo financeiro e não sentimental”, explica Gigliotti.

Fonte: Priscila Zuini

domingo, 12 de junho de 2011

Música para o dia dos Namorados

 

- Minha vida é você -

 

O toque

Da sua boca

No meu corpo

Dá um efeito de magia

Pra minha vida.

Os seus olhos

No meu rosto

Me fascinam,

Me atraem, me levam até você.

O seu corpo

Toda noite

Fortalece este amor

Na loucura dos meus sonhos.

( REFRÃO )

Por você

Eu vivo

Por você

Renasço

Por você

Refaço

O mundo pra nós dois.

 

Minha dor contigo encontra

A paz que necessito

Pra poder sobreviver.

E sua companhia

Quando está ausente

Eleva o meu sofrer.

Ah, esta vida,

Toda linda

Que construo com você

Me torna tão feliz…

 

…Se você fosse embora

eu choraria tanto

que as estrelas mais seriam

os meus prantos lá no céu.

 

Sem você

Eu morro

Sem você

Padeço

Sem você

Mereço

A eterna ingrata solidão.

… mas

( REFRÃO )

……

Por O Anjo Amante

__________ / / __________

PARTICIPE DESSA TEMA; FAÇA A SUA PARTE!

 

12 junho 4

12 junho 3

 

Por: Sthênio Antunes

NINGUÉM É UMA ILHA – 12 DE JUNHO: DIA MUNDIAL DE COMBATE AO TRABALHO INFANTIL

Como se sabe, o Brasil é conhecido internacionalmente como um país que utiliza de mão de obra infantil, tanto no comércio interno como em atividades relacionadas aos setores focados na exportação.
O Trabalho Infantil não é um fenômeno recente no Brasil. Pode-se dizer que ele vem ocorrendo desde o início da colonização do país, quando as crianças, negros e indígenas foram introduzidos ao trabalho doméstico e em plantações familiares para ajudar no sustento da família.
Neste momento em que o Brasil e o mundo discutem o trabalho infantil na busca de identificar os avanços sociais e políticos alcançados ao longo dos anos e também os desafios postos para sua erradicação, deve-se reafirmar o compromisso do governo brasileiro com a prevenção e erradicação do trabalho infantil juntamente com todos os gestores (as), trabalhadores (as), conselheiros (as), empresários (as) e entidades da sociedade civil, para que o trabalho infantil não se torne o maior de todos os problemas sociais.
Segundo PNAD 2007, em torno de 4,8 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos estão trabalhando no Brasil, desde a lavoura, campo, até casas de família, empresas e fábricas, quando, de fato, deveriam estar indo para a escola.
Pode-se dizer que existem diversos motivos para as crianças e adolescentes se incorporarem ao mercado de trabalho. Mas pobreza é, sem dúvida, o principal. Outra causa importante é a demanda do mercado de trabalho por mão de obra barata. Além do fato das crianças trabalharem por menos dinheiro, elas são mais facilmente disciplinadas e não são organizadas em sindicatos ou algo do tipo.
Apesar de o Trabalho Infantil ser considerado ilegal para crianças e adolescentes entre 5 e 13 anos, destaca-se que, para adolescentes entre 14 e 15 anos, o trabalho é legal, desde que na condição de aprendiz.
Então, ao abandonar a escola, precisam dividir o tempo entre a escola e o trabalho, o rendimento dessas crianças é muito ruim, e como resultado, se tornam sérias candidatas a abandonar a vida escolar que é amplamente refletida no seu despreparo para o mercado de trabalho, tendo, nesses casos, que aceitar subempregos, aumentando o ciclo de pobreza no Brasil. A Constituição Brasileira é clara, menores de 16 anos são proibidos de trabalhar, exceto, como mencionado, na condição de aprendizes, e somente a partir dos 14 anos. Entretanto, não é o que se vê. Existem hoje, dois pesos e duas medidas. Provoca-se uma comoção nacional ao assistir noticiários de crianças trabalhando nas lavouras de cana de açúcar, carvoarias, na quebra de pedras, com sequelas incomensuráveis, e aplaudimos crianças e bebês que se tornam estrelas mirins em shows, novelas, programas de TV, comerciais e apresentações.
Sendo assim, tal assunto ganhou sua devida importância. Pode-se dizer que se deve ao fato de governos e Organizações Internacionais terem desenvolvido a consciência de que o trabalho infantil deve ser eliminado em todas as suas manifestações, por não ser condizente com a ética de uma sociedade democrática que objetiva a equidade de oportunidades justas.
Em se tratando da Legislação Brasileira, esta possui uma vasta coleção de informações que serve de exemplo para muitos países. As principais normas referentes à proteção do menor são encontradas na Constituição Federal, também no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e na Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), nº 8742, promulgada em 7 de dezembro de 1993, dentre outras.
Destaca-se que na Constituição Federal, a proteção ao menor aparece no artigo 7º, XXXIII, quando proíbe o trabalho noturno, perigoso ou insalubre ao menor de 18 anos e de qualquer trabalho a menor de 16 anos, salvo se aprendiz a partir de 14 anos. Já o Artigo 227 presente na Carta Magna, define: "É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
Na Consolidação das Leis Trabalhistas, a proteção vem disciplinada nos Artigos 402 a 441, que tratam do menor empregado que, inclusive, esclarece sobre o Contrato de Aprendizagem. Já no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei nº8069, de 1990) dispõe sobre o direito de profissionalização e de proteção no trabalho. Esta Lei regula as conquistas consubstanciadas na Constituição Federal em favor da infância e da juventude.
A Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), promulgada em 7 de dezembro de 1993 (Lei nº8.742), que regulamenta os Artigos 203 e 204 da Constituição Federal, quando estabelece sobre o sistema de proteção social para os grupos mais vulneráveis da população, por meio de benefícios, serviços, programas, campanhas e projetos.
Neste sentido, a UNICEF, declarou que o Dia 12 de Junho, será considerado como o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, que os esforços para acabar com o trabalho infantil não serão bem sucedidos sem um trabalho conjunto para combater o tráfico e crianças e mulheres no interior dos países e entre as fronteiras. Neste dia, a UNICEF referiu que o tráfico de seres humanos começa a aproximar-se do tráfico ilícito de armas e drogas.
O Dia 12 de junho, que marca mundialmente o combate ao trabalho infantil, precisa – a partir deste ano, com a campanha da OIT em parceria com o Fórum Nacional, UNICEF e Governo Federal – servir de estímulo para que os municípios, por meio da integração de suas redes e parceiros estratégicos, ampliem a inclusão de crianças e adolescentes em programas e serviços das políticas públicas.
Assim, como pôde ser observado, o Brasil não é carente de Leis e Programas que visem a proteção dos menores. Ocorre que seria necessário mais empenho no efetivo cumprimento das normas, visto tratar-se de direitos fundamentais de pessoas que ainda precisam que outras lutem por elas.
O caminho que o Brasil vem seguindo para construir uma conscientização concreta para erradicar o trabalho infantil tem sido referência para o mundo. Todo esse esforço está sendo reconhecido e, em razão do comprometimento do Governo Federal com a questão, o País aceitou o desafio de sediar a III Conferência Global de Combate ao Trabalho Infantil, em 2013. É a primeira vez que o evento se dará em um país em desenvolvimento.
Apesar de nos últimos anos ter ocorrido importante redução da taxa de trabalho infantil – 53,7% na faixa etária de 5 a 15 anos, segundo dados atualizados do PNAD, demonstrando uma trajetória de queda no País –, deve-se estar atento à resistência de algumas atividades que constituem as piores formas de trabalho infantil, como é o caso do trabalho rural, doméstico, informal, exploração sexual e tráfico, entre outras. Por isso é preciso ter maior mobilização de todos: governos, empresários, trabalhadores, mídia, Ministério Público, Judiciário, Conselhos Tutelares e de garantia de direitos e, sobretudo, das famílias para que juntos, possamos eliminar, de uma vez por todas no Brasil, essa mazela que rouba a infância das nossas crianças e jovens.
Portanto, a legislação que protege o menor é bastante vasta, mas o que ocorre não é a carência de leis e normas internas protetoras dos direitos trabalhistas e infantis, e sim o descaso, por parte dos governos, para com a efetiva aplicação das mesmas, por isso, contamos com o comprometimento e responsabilidade de todos para fazer do Brasil um país livre do trabalho infantil, um desafio difícil e longo, mas que com mãos dadas, unindo forças e espírito forte podemos alcançar, basta o primeiro passo. E então, você está pronto para caminhar com a gente?

… Venha andar com a AMEP!


Por: Sthênio Antunes